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Postado em 23/jul/2021
Você sabia que uma pessoa pode doar medula óssea várias vezes ao longo da vida, e não há nenhum tipo de prejuízo à saúde do doador? A doação é simples, rápida e nada burocrática, e pode salvar milhares de vidas.
“Imunodeficiências, leucemia e outros tipos de câncer, além de diferentes problemas no sangue, podem ser tratados ou até curados com o transplante de medula óssea. A doação de medula óssea é extremamente importante, mas infelizmente, escassa. Muitas pessoas ainda acreditam em mitos sobre a doação, e isso dificulta novos cadastros de doadores”, explica a médica hematologista Dra. Aruana Legnani Mohr (CRM 31164 – RQE 20051).
O processo de doação é simples: o voluntário visita o hemocentro (confira aqui o endereço na sua cidade), faz o cadastro e retira 5 mililitros de sangue, que será analisado para indicar componentes da medula compatíveis com outros pacientes, além de ser verificado a existência de doenças que possam ser transmitidas para o receptor. “O processo é simples e o doador ganha um checkup, já que é analisado minuciosamente o sangue dessa pessoa. Se tudo estiver certo, é só esperar, assim que surgir um paciente compatível o Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) entra em contato com o doador”, afirma a hematologista.
Mitos e verdades sobre a doação de medula óssea:
A doação é dolorosa
“Depende. Existe um incômodo, que pode ser leve ou moderado. O processo pode ser feito de duas formas: com o doador anestesiado, são feitas punções da medula dos ossos da bacia, o outro processo é o aférese, que consiste em ligar um tubo a uma veia perto da bacia do paciente”, explica a Dra. Aruana.
A doação só pode ser feita uma vez
Mito. A medula se regenera 15 dias após a doação e não há nenhum tipo de prejuízo à saúde do doador, por isso, o voluntário pode doar sem medo. Além disso, a recuperação é rápida, em três dias de repouso o doador volta as atividades normais – a doação é prevista em Lei, ou seja, a ausência no trabalho é justificada com um atestado médico.
Qualquer pessoa pode doar
Mito. Não existem muitas restrições, no entanto, é necessário ter entre 18 e 55 anos, não ter diabetes tipo 1, não doenças infecciosas, câncer ou deficiências no sistema imunológico.
Vale destacar que o banco de dados de voluntários é global, sendo assim, se não houver nenhum doador compatível no país do paciente, as buscas se abrem para outros países. Caso seja encontrado um doador compatível, o governo fica responsável pelo transporte do material ao receptor.
“Por isso, é importante manter o cadastro atualizado. As vezes as pessoas mudam de endereço, telefone, e não é possível entrar em contato”, lembra a médica.
Para manter seu cadastro atualizado, clique aqui.
Assessoria de Comunicação
Associação Médica de Umuarama