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Imunoterapia é promissora no tratamento do câncer

Postado em 11/fev/2019

Já há aprovação de algumas drogas imunoterápicas no Brasil

 

Um dos caminhos mais promissores para o tratamento do câncer utiliza o próprio sistema imunológico dos pacientes para destruir os tumores. A imunoterapia tem inspirado otimismo e avança nos grandes centros de tratamento oncológico em todo o país. Várias novas abordagens experimentais de tratamento estão obtendo resultados favoráveis, mas ainda permanecem com acesso restrito.

 

Já há aprovação de algumas drogas imunoterápicas no Brasil para diversos tipos de câncer, como melanoma, linfoma de Hodgkin e tumores de pulmão, bexiga e cabeça e pescoço. A maior parte dessas terapias envolve as drogas conhecidas como “bloqueadores de checkpoint”, que basicamente bloqueiam um receptor das células do sistema imunológico, que é utilizado pelos tumores para se tornarem invisíveis às defesas do organismo.

 

Esta nova modalidade de tratamento inspira otimismo, apesar do custo alto e da eficácia restrita. As primeiras drogas imunoterápicas começaram a chegar ao mercado em 2011 e, desde então, ficou evidente que a imunoterapia se tornaria extremamente importante para o tratamento do câncer. Uma das ressalvas é que os métodos que, mesmo sendo bem mais eficazes que as drogas imunoterápicas antigas, os bloqueadores de checkpoint, utilizados de forma isolada, funcionam para só 20% dos pacientes.

 

No entanto, a imunoterapia tem uma enorme vantagem: quando ela funciona, os benefícios são de longo prazo, ao contrário do que ocorre com a quimioterapia, e os efeitos colaterais são bem menores. Um dos grandes atrativos é que elas têm funcionado bem para doenças metastáticas e já começam a ser aplicadas em fases mais precoces do tratamento. Quando a imunoterapia funciona, a sobrevida dos pacientes pode chegar a ser três vezes maior.

 

Além da eficácia limitada, outro problema com as drogas imunoterápicas é o preço incrivelmente alto. Um tratamento de um ano pode chegar a R$ 582 mil e as operadoras de saúde já começam a cobrir parcialmente os tratamentos com drogas imunoterápicas.

 

Em estudos clínicos publicados na revista científica New England Journal of Medicine, o uso combinado da quimioterapia com a droga inibidora de checkpoint pembrolizumabe – droga do laboratório Merck Sharp & Dohme (MSD) – aprovada no Brasil para imunoterapia para câncer de pulmão em estágio avançado, reduziu em 51% o risco de vida de pacientes e diminuiu em 48% a chance de progressão da doença.

 

A medicina evolui a partir de hipóteses. Quando um novo medicamento é lançado e começa a ser utilizado, começamos a vislumbrar novas possibilidades para ele. Cada vez mais as drogas imunoterápicas são indicadas para novos tipos de tumores, em fases cada vez mais precoces da progressão da doença, o que aumenta o número de pessoas beneficiadas.

 

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Dr. Rodrigo 

Jachimowski Barbosa 

CRM: 24300

Oncologia Clínica RQE: 19081

 

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Dra. Isabella Morais Tavares

CRM: 27671

Oncologia Clínica RQE: 20236

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