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Como cuidar da família dos pacientes na UTI

Postado em 20/fev/2019

Entre 25 e 50% dos familiares de pacientes críticos experimentam sintomas psicológicos

 

O adoecimento de uma pessoa e sua internação na UTI também implica numa modificação da dinâmica familiar. A angústia que emerge do contato mais próximo com o adoecer e com os riscos de vida do paciente pode ser perturbadora e desorganizadora da dinâmica familiar.

 

Entre 25 e 50% dos familiares de pacientes críticos experimentam sintomas psicológicos, incluindo estresse agudo, estresse pós-traumático, ansiedade generalizada e depressão. Há uma consciência crescente entre os profissionais de saúde sobre a importância de melhorar os cuidados à família e os resultados que esse apoio pode ter sobre o paciente.

 

Uma fonte de ansiedade para a família, além do próprio abalo do estado de saúde do paciente, são a vulnerabilidade do paciente, mudanças repentinas do estado geral, a falta de informação, informação excessiva ou desencontrada, o lidar com a troca constante de médicos e o acesso restrito à unidade. A maneira como a família vai lidar com tal situação depende de sua história familiar, do quanto era saudável emocionalmente e dos mecanismos de defesa que utilizam no cenário de gravidade.

 

Observa-se que no início há um momento de choque, de negação, de sensação de desespero, que poderá ser substituído gradativamente por uma capacidade maior de suportar e de lidar com a realidade. Os sentimentos envolvidos neste processo são diversos: há momentos de apreensão, de desespero, de alívio, temor, de desconfiança em relação à equipe, medo, preocupação, raiva, exaustão, entre outros. Acrescenta-se ainda a dificuldade desta família em compreender com clareza as informações médicas que lhe são transmitidas.

 

Geralmente as famílias desejam informações completas e honestas quanto às condições do paciente, mas é importante lembrarmos que elas possuem uma escuta seletiva, ou seja, em situações de estresse alto, escutam aquilo que é menos difícil de assimilar do ponto de vista emocional, estando muitas vezes despreparadas ou incapazes de ouvir, aceitar ou interpretar a verdade em determinado momento.

 

Recomenda-se oferecer uma presença familiar aberta ou flexível ao lado da cama, que atenda as necessidades da família. Devem ser realizadas conferências rotineiras interdisciplinares com os familiares para melhorar a satisfação com a comunicação e confiança na equipe, reduzindo a chance de conflitos.

 

O trabalho em equipe multiprofissional na UTI propõe uma necessária integração entre as diferentes áreas (médicos, enfermeiros, auxiliares, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fonoaudiólogos, auxiliares administrativos, etc) como instrumento facilitador na abordagem dos pacientes, em sua complexidade, possibilitando uma atuação mais dinâmica e multidimensional, uma equipe multidisciplinar que cuida de vocês enquanto nós médicos intensivistas também cuidamos do seu ente querido.

 

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Dr. Jackson Erasmo Fuck 

CRM: 21518

Medicina Intensiva: 

Médico Intensivista RQE:18011

Cirurgia Torácica RQE: 13349

 

 

Dra. Fabiana B. S. Fuck 

CRM: 21517 

Medicina Intensiva: 

Médico Intensivista RQE: 9600

Clínica Médica: 

Médico Internista RQE: 9601

 

 

Dr. Ronaldo de Souza

CRM: 20247

Medicina Intensiva: 

Médico Intensivista RQE: 18046

Pneumologia RQE: 13913

 

 

Dr. Dirceu Veiga 

CRM: 9336 

Medicina Intensiva: 

Médico Intensivista RQE: 9600

Clínica Médica: 

Médico Internista RQE: 9601 

 

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