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Atenção ao envelhecimento masculino e ao declínio da testosterona

Postado em 07/fev/2019

Mudanças reprodutivas no homem ocorrem de forma lenta e gradual, com sintomas mais sutis

 

O homem, com o passar dos anos, sofre um processo natural de envelhecimento de suas células, gerando inúmeras repercussões no corpo, bem como o declínio progressivo e lento de sua função hormonal – principalmente após os 40 anos. Diferente da mulher, que ao chegar próximo dos 50 anos passa por uma parada de sua função reprodutiva e declínio importante de sua função hormonal (a chamada menopausa), as mudanças reprodutivas no homem ocorrem de forma lenta e gradual, com sintomas mais sutis, em um processo chamado de Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM).

 

O hormônio diretamente ligado à função reprodutiva no homem é produzido por células localizadas nos testículos e é chamado testosterona (principal hormônio andrógeno masculino). A partir dos 40 anos o declínio da testosterona no organismo do homem gira em tono de 1% ao ano.

 

Estima-se que a proporção de indivíduos com mais de 65 anos aumentará significativamente ao longo dos próximos 30 anos. Dados censitários mostram que o número de americanos de 65 anos ou mais aumentará dos aproximadamente 40 milhões atuais para algo em torno de 90 milhões. Nesse contexto, a prevalência de doenças como câncer, doenças vasculares e declínio hormonal aumentará drasticamente. Sendo assim, a idade é um fator de risco para a queda da testosterona e o acompanhamento com médico urologista é fundamental para o diagnóstico e tratamento adequados dessa condição.

 

SINTOMAS

 

Diversos sintomas que ocorrem relacionados ao déficit hormonal se sobrepõem ao envelhecimento natural do homem ou mesmo a doenças prevalentes nessa população, o que torna uma tarefa difícil distinguir de forma exata sua verdadeira causa. As principais repercussões com a queda da testosterona são a diminuição da libido (desejo sexual), disfunção erétil (dificuldade em ter ou manter ereção peniana), aumento de gordura corporal, perda de massa óssea (osteoporose), perda da massa muscular, diminuição dos pelos (barba, cabelo), anemia, depressão e irritabilidade.

 

Frente à suspeita do declínio hormonal relacionado ao envelhecimento do homem, o urologista, por meio de uma avaliação clínica completa e com exames laboratoriais complementares, ao estabelecer o diagnóstico correto, passará a oferecer diversas opções de tratamento.

 

Não há como evitar esse processo natural de envelhecimento humano, mas a manutenção de hábitos saudáveis de vida contribui para prevenção das doenças relacionadas à diminuição dos níveis de testosterona. Porém é contraindicado em pacientes com suspeita ou diagnóstico de câncer de próstata.

 

A terapia de reposição hormonal com testosterona é segura e eficaz. Está disponível nas apresentações injetável e gel para aplicação diária. O acompanhamento médico desse tratamento é muito importante para a melhora da qualidade de vida do homem, pois não é isento de efeitos colaterais, de modo que necessita ser bem indicado.

 

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Dr. Jorge Antônio Cardoso 

CRM: 11976

Urologista RQE: 6486

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