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Oncologista reforça necessidade do uso de filtro solar mesmo no inverno

Postado em 21/jun/2022

Ele não é um dos assuntos mais comentados e nem é motivo de preocupação para muitos, no entanto, deveria receber mais atenção. Estamos falando do câncer de pele, câncer de maior incidência no Brasil. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), 1 entre cada 4 casos confirmados de câncer se origina na pele ou nas mucosas. A estimativa é que entre o biênio 2020/2022 sejam diagnosticados cerca de 177 mil novos casos da doença no país.

O uso do filtro solar é uma das formas mais eficazes de prevenção contra a doença, que é causada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. No entanto, a prática não faz parte da rotina da maioria dos brasileiros e com a chegada do inverno o item é deixado de lado. A campanha “Junho Preto” foi escolhida neste mês para reforçar a importância do uso do filtro solar mesmo no inverno.

Para o senso comum, o filtro solar é necessário apenas em dias ensolarados, ou pior, apenas em praias, piscinas ou rios. “A ideia de que o filtro solar é necessário apenas no calor ou em ocasiões de lazer está errada. O filtro solar deve ser passado todos os dias. Mesmo que o sol pareça não estar lá, ele está, e seus raios ultravioletas também”, esclarece o médico oncologista do Hospital do Câncer Uopeccan de Umuarama e Clínica Oncoclin, Dr. Eduardo Rodrigues (CRM-PR 26542 | RQE: 22017).

O médico reforça que na maioria dos casos o câncer de pele é curável, desde que detectado precocemente, e ressalta que o número de casos da doença cresceu nos últimos anos. “Acreditamos que esse crescimento seja resultado da combinação de um diagnóstico mais preciso do câncer de pele, ao aumento de pessoas expostas por mais tempo ao sol e ao fato de a estimativa de vida ter aumentado globalmente”.

Carcinomas e melanoma

Existem diversos tipos de câncer de pele, divididos em dois grupos principais: os melanomas e os carcinomas (câncer de pele não melanoma).

Os carcinomas são mais comuns e representam cerca de 95% dos tumores malignos de pele. Estão diretamente relacionados com muita exposição aos raios ultravioletas (UV) do sol durante a vida. São mais comuns em pessoas de pele clara, acima de 50 anos. Histórico familiar ou pessoal e baixa imunidade, também são alguns fatores de risco.

“Aspereza na pele ou pequenas feridas que sangram facilmente e não cicatrizam, localizadas nas áreas da pele expostas ao sol diariamente (rosto, orelha, careca, ombros), que não costumam doer, mesmo em um estágio mais avançado da doença”, são alguns dos sintomas dos carcinomas, explica o Dr. Eduardo.

Já o melanoma, apesar de ser mais agressivo, é menos frequente, cerca de 5% dos casos. Tem origem a partir dos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção do pigmento (melanina) que dá cor à pele. Por isso, costumam se manifestar como pintas de cor escura (preto ou castanho).

O oncologista reforça que além da exposição ao sol, “a influência genética, bronzeamento artificial, muitas pintas no corpo, frequentes queimaduras de sol durante a infância, olhos claros, cabelos ruivos e pele clara com sardas, são alguns dos fatores de risco para o câncer de pele melanoma”.

A vendedora, Cris Kayatt, de 36 anos foi diagnosticada com melanoma, em 2018. Ela conta que a descoberta foi por acaso, já que não havia percebido nada de errado e nenhum incomodo. “Eu sempre tive pintas pelo corpo, e nunca percebi nada de errado com elas. Até que meu pai começou a me incomodar sobre uma pinta no meu braço. Depois de muita insistência, procurei um médico e descobri que era um melanoma nível 2. Fiz a cirurgia para retirada e tudo foi bem, hoje posso dizer que estou curada e muito feliz”, relembra.

 

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