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de Umuarama e Região.
Postado em 22/fev/2022
Grande parte das mulheres com vida sexual ativa faz o uso de anticoncepcional para evitar uma gravidez indesejada. Embora esse seja um método contraceptivo seguro, a médica ginecologista Dra. Ana Maria A. Kato (CRM 10.682) alerta para alguns fatores podem influenciar em sua eficácia.
Um sinal de alerta é o escape – que é quando ocorre menstruação antes do final da cartela de anticoncepcional.
“A eficácia da pílula pode sofrer interferência de medicamentos, como por exemplo alguns antibióticos. Pode ser comprometida também por problemas intestinais, consumo de certos tipos de chá, quadros de vômito e diarreia. O ideal é procurar orientação médica a qualquer alteração”, explica.
A especialista aponta 5 coisas que podem cortar o efeito da pílula anticoncepcional e dá dicas importantes para as mulheres que . Confira:
1. Interação medicamentosa
A interação medicamentosa é o efeito que a interferência de um medicamento causa sobre o outro. É o que ocorre com os anticoncepcionais e alguns antibióticos, especialmente a ifampicina e a rifabutina. Isso acontece porque a concentração de hormônios contida dentro da pílula é afetada pelo efeito que o antibiótico produz no organismo. Alguns anticonvulsionantes também causam o mesmo efeito.
Segundo a Dra. Ana Kato, a dúvida é comum. “Algumas mulheres questionam durante as consultas se antidepressivos e antialérgicos também cortam o efeito. Felizmente, esses medicamentos não alteram o efeito do anticoncepcional, não há com o que se preocupar em relação a eles”, explica.
Bebidas, drogas e anticoncepcionais também podem ter efeitos indesejados. “O consumo de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas também podem comprometer o desempenho da pílula. Mulheres que fazem uso frequente dessas substâncias devem ficar atentas”, alerta a médica.
2. Vômitos e diarreias
Quadros de vômitos ou diarreia podem cortar o efeito da pílula, se ocorrerem até quatro horas depois de sua ingestão. A médica ressalta ser importante consultar a bula do anticoncepcional para saber o que fazer nesses casos.
3. Problemas intestinais
Alguns problemas de intestino também podem afetar a ação do medicamento. Por exemplo, na doença de Crohn, o intestino delgado sofre com inflamações, com isso, passa a ter dificuldades para absorver completamente os hormônios contidos na pílula.
Mulheres que passaram por cirurgia bariátrica também devem estar atentas. É importante o acompanhamento médico para ter certeza de que o anticoncepcional está funcionando sem interferências.
4. Descuido com a pílula
Quem nunca esqueceu de tomar a pílula por um dia, ou atrasou o horário, não é mesmo? O problema é que esse erro pode gerar uma gravidez indesejada! Sim, esses descuidos também cortam o efeito do anticoncepcional.
“Oriento colocar o despertador para tocar todos os dias no mesmo horário, assim, não haverá chances de esquecer ou atrasar. E caso aconteça algo, leia a bula do seu anticoncepcional para saber o que fazer”, disse a médica.
5. Chás
Os chás são um problema e merecem atenção. Diuréticos, como de cavalinha ou hibisco, alcaçuz ou alfafa, antidepressivos como hipericão – usado para controlar ansiedade e sintomas depressivos, podem prejudicar o efeito da pílula quando consumidos em excesso.
“O corpo pode não tem tempo suficiente para absorver os hormônios da pílula e podem expelidos pela urina, devido ao efeito diurético de alguns chás”.
A ginecologista finaliza alertando que em todos os casos é necessário um acompanhamento ginecológico, já que cada mulher tem suas particularidades. “Nenhuma mulher deve começar a tomar algum tipo de anticoncepcional sem antes se consultar com um ginecologista. É só através da consulta que conseguimos chegar ao método contraceptivo ideal, afim de não prejudicar a saúde da paciente”.