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Mesmo depois de curadas, pacientes que tiveram HPV precisam de acompanhamento 

Postado em 22/mar/2021

A recomendação é da médica oncologista Dra. Isabella Morais Tavares, que participa da “Campanha Março Lilás: Mês de Prevenção ao Câncer do Colo do Útero – Informação de qualidade pra você!”, realizada em parceria pela Associação Médica de Umuarama (AMU) e Comissão da Mulher Advogada de Umuarama/OAB Umuarama (CMA). 


De acordo com a médica, apesar de ser um vírus comum, o HPV começou a ser fortemente divulgado há aproximadamente duas décadas apenas. Possui mais de 200 tipos, e a maioria não leva ao desenvolvimento de câncer, mas todos eles precisam ser investigados e tratados.


“Algumas variantes são mais carcinogênicas, e levam ao surgimento das neoplasias, como é caso dos subtipos 16 e 18, agentes responsáveis pelo surgimento de 70% dos casos de câncer de colo de útero”, destacou a Dra Isabella.


Segundo ela, existem outros tipos de câncer que estão relacionadas ao vírus do HPV, como o de cabeça e pescoço, pênis, câncer de vulva, vagina e canal anal. “A prevenção e o acompanhamento médico são as melhores formas de evitar o HPV”, complementa.

INTERATIVIDADE


Confira a seguir as respostas da Dra. Isabella principais perguntas enviadas através das redes sociais e veículos de comunicação parceiros da Campanha Março Lilás.

 

1.    Minha filha tem 28 anos, é portadora de Síndrome de Down, é virgem e fica de cinco a oito meses sem menstruar. Ela corre o risco de desenvolver câncer do colo do útero?


Dra. Isabella – Pacientes com Síndrome de Down tem algumas implicações hormonais como tireoide. É importante fazer a avaliação hormonal e consultas periódicas, já que pode ser um dos causadores dessa inconstância menstrual. E se a paciente fizer exames por dois anos consecutivos com resultados normais, está autorizada a fazer só dali a três anos o próximo exame. Para pacientes virgens, é usado um espéculo apropriado, sem introdução. 

 

2.    Existe uma idade em que a ocorrência do câncer do colo do útero é mais frequente?

Dra. Isabella - Sim, essa condição é mais frequente entre mulheres de 45 a 50 anos, é difícil entre mulheres na faixa dos 20 anos, mas como estamos falando de prevenção, e nossos hábitos mudaram muitos nos últimos anos, em comparação à época de nossos pais e avós, é preciso fazer uma abordagem diferente. Vemos muitos casos de pacientes mais jovens com câncer, não apenas de colo de útero. Por isso enfatizamos a necessidade de realizar os exames de forma periódica, com consultas de rotina.

 

3.    Fui diagnosticada com HPV e tratei, não evoluiu para câncer. Fazia acompanhamento, mas desde a pandemia não faço mais exames. Existe risco de a doença voltar, mesmo eu tendo só um parceiro sexual, que é meu esposo?

Dra. Isabella – Sim. Na verdade, o HPV é muito temido, mas na maioria dos casos o organismo acaba conseguindo combater a infecção, porém sem o acompanhamento necessário corre-se o risco de a doença evoluir para um câncer, por isso, é importante fazer o exame preventivo todos os anos.  

 

4. - Quais s tipos de HPV que provocam câncer?

Dra. Isabella - São vários, o principal é o HPV subtipo 16 e agora o 18, que são os mais agressivos, responsáveis por aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo de útero. Algumas pessoas perguntam, uma vez que tiveram HPV, se devem se vacinar. Sim, o indivíduo deve se vacinar, pois pode acontecer de ter contraído um subtipo especifico de HPV, mas não ter imunidade aos outros possíveis subtipos causadores de tumores malignos.

 

5.    Câncer do colo do útero pode ser uma doença hereditária?
Dra. Isabella - Um dos fatores que pode estar relacionado ao câncer de colo de útero é o histórico familiar. Pessoas com parentes de primeiro grau, mãe principalmente, que tiveram a doença, podem ter risco maior. Alguns estudos estimam que essas pessoas podem mais dificuldade de combater espontaneamente o HPV. O vírus fica persistente, e acaba propiciando o câncer de colo de útero. 

 

6.    O HPV pode ser transmitido tanto pelo homem quanto pela mulher? 
Dra. Isabella - Sim, tanto o homem quanto a mulher podem transmitir o HPV. A mulher pode desenvolver um câncer de colo do útero e o homem um câncer de cabeça e pescoço. Tabagismo e consumo de bebida alcoólica também podem contribuir para o surgimento da doença. 

 

7.    HPV é transmitido pelo beijo e pelo sexo oral também?
Dra. Isabella - Pode ser. Secreções, salivas, sangue, principalmente se a pessoa tem alguma porta de entrada, como feridas na boca, pode facilitar a entrada do vírus no organismo.

 

8.    Com relação ao HPV, do momento da infecção até se tornar um câncer quanto tempo tem de ação no organismo? 

Dra. Isabella - Isso é algo difícil de ter uma resposta objetiva. A grande maioria dos tumores levam anos para se devolver. Por exemplo, câncer de intestino leva em torno de 10 anos. O câncer de colo de útero, de forma bastante semelhante, leva alguns anos para se manifestar. Depende muito de pessoa para pessoa, as vezes a paciente faz exames e está tudo bem, mas seis meses depois, em novos exames a doença aparece. Fatores que podem levar a isso: coleta não teve material suficiente ou adequado, uso de sabonetes íntimos ou produtos que ou produtos que não permitiram fazer a captação adequada do material. Tudo isso implica na hora do exame. Por isso é importante a orientação correta antes de fazer os procedimentos. Para que os resultados sejam o mais confiável possível.

 

SOBRE

A médica oncologista clínica Dra. Isabella Morais Tavares (CRM: 27671-PR RQE Nº: 18933 RQE Nº: 20236) também tem especialização em Predisposição Hereditária à Câncer e atua no diagnóstico, tratamento e prevenção do câncer, atendendo pacientes de Umuarama e Região no Hospital Uopeccan de Umuarama e na Clínica Oncoclin. Saiba mais sobre a especialista CLIQUE AQUI
https://instagram.com/isabellatavares_onco?igshid=70mlxux8bmh5
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ASSOCIAÇÃO MÉDICA DE UMUARAMA
Serviço de Assessoria de Imprensa

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