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Especialista esclarece dúvidas das mulheres sobre cistos

Postado em 01/fev/2021

O diagnóstico de cisto sempre causa certa insegurança e muitas dúvidas, já que são muitos os tipos de cistos e o problema pode ocorrer em qualquer tecido do corpo, tem crescimento lento e normalmente não apresenta sintomas. O cisto é uma espécie de bolsa de tecido, que pode ser cheia de ar, líquido, pus ou outro fluido. Podem ser formados por ação de parasitas atingindo o fígado, cérebro, pulmões e olhos. Mas cistos também são comuns na pele, causando infecção, entupimento das glândulas sebáceas, relacionado à acne. Também pode se desenvolver como resultado de uma anormalidade no desenvolvimento. Cistos de ovário costumam assustar as mulheres, especialmente em idade reprodutiva. E uma dúvida bastante frequente entre as pacientes é: todo cisto é caso cirúrgico? Para responder a essa e outras dúvidas, o médico especializado em Ginecologia e obstetrícia, Dr. Carlos Antonio Lisboa, escreveu um artigo, publicado na 3ª edição da Revista da AMU. Leia a íntegra do artigo.

NÃO! A maioria dos cistos não precisa de cirurgia

Sobre os cistos: são tumores benignos, de conteúdo líquido ou semi-sólido, presentes no ovário. Comuns em mulheres na idade reprodutiva, são mais incidentes ainda em mulheres com endometriose ou com inflamação pélvica. Os cistos podem ser de vários tipos e os mais comuns são os chamados funcionais, formados durante o processo de ovulação. Se acaso ele sangrar, forma o cisto hemorrágico.

Há o cisto de corpo lúteo (com tonalidade amarelada), que é formado após o período de ovulação. Caso o óvulo libertado não seja fecundado, o corpo lúteo involui e desaparece em poucos dias, não necessitando de tratamento.

Mulheres com endometriose podem desenvolver cistos nos ovários, que recebem o nome de endometriomas. Seu conteúdo é escuro e sanguinolento. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico.

Existe o cisto dermoide, também chamado de teratoma cístico maduro, um tumor benigno que surge em mulheres jovens. Por ser uma neoplasia de células germinativas (ou início de produção das células), esse cisto pode conter pedaços de osso, cabelo, pelo, gordura e até dentes, cujo tratamento é apenas cirúrgico.

Na maioria das vezes os cistos são assintomáticos e indolores. Quando aumenta de tamanho, pode ser palpável e aumentar o volume abdominal. Se torcer ou romper pode causar dor aguda muito intensa e necessitar de cirurgia de emergência.

O diagnóstico é feito através de exames como ultrassom de rotina. Pode ser necessário complementar o diagnóstico com tomografia ou ressonância. O tratamento depende do tipo de cisto e de seu tamanho.

Cistos grandes (acima de 5 cm) precisam de atenção especial e provável cirurgia. Em alguns casos não há necessidade de tratamento medicamentoso e cirúrgico, apenas acompanhar com ultrassom. Quando a cirurgia é necessária pode ser feita via aberta ou por videolaparoscopia.

Em qualquer cirurgia, a primeira opção será retirar o cisto, mantendo o ovário e preservando sua função. Se for necessário retirar um ovário, a mulher continuará ovulando pelo outro e poderá engravidar.Na imensa maioria dos casos, os cistos são benignos, por isso não há motivo para pânico. O câncer de ovário é raro e geralmente acomete mulheres idosas. (Fonte: Dr. Domingos Mantelli)

 

Com informações do Ministério da Saúde

Fonte: Revista AMU

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