Se você convive e quer ajudar alguém que está em luto, não tente disfarçar ou propor sua negação 

O luto é resultado de toda perda significativa que vivenciamos. Não se trata de doença, então não pode ser curado, nem evitado: deve ser compreendido e acolhido conforme o contexto de vida de cada pessoa. Não se sinta pressionado em “resolver” seu luto, em deixar para trás, no tempo dos outros. Não existe um prazo, nem padrão. Com o passar do tempo a tendência é que o luto se encaixe e fique presente, oscilando a intensidade e a forma de expressão.

O alerta surge quando existe prejuízo na vida, como abandonar emprego, relacionamentos, emagrecer ou engordar significativamente, assim como ter reações sintomáticas frequentes e intensas, como desmaios, taquicardias, dores diversas. Nestes casos, procure o acompanhamento de um profissional para expressar sua dor e ir aliviando suas angústias.

Agora, se você convive e quer ajudar alguém que está em luto, não tente disfarçar ou propor a negação do luto, que é o que fazemos ao dizer coisas como: “não chore, não sofra, ele não gostaria de te ver triste...”. É difícil ver quem gostamos sofrer e não poder dar o alívio necessário, mas talvez, tudo que podemos fazer é dar um bom abraço, oferecer nossos ombros e ouvidos. Mostre que a tristeza atinge a todos, mas que estamos unidos para enfrentá-la.

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Dr. Sebastião Maurício Bianco 

CRM: 8689

Psiquiatra 

RQE: 10230