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de Umuarama e Região.
Postado em 29/jan/2019
Com a queda do hormônio estrogênio, ossos passam a se descalcificar e se tornam frágeis
O osso, além de promover sustentação ao organismo, é fonte de cálcio, necessária para a execução de diversas funções, como os batimentos cardíacos e a força muscular. É uma estrutura viva, que está sempre sendo renovada. Essa remodelação acontece diariamente em todo o esqueleto, durante a vida inteira. A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição de massa óssea, com o desenvolvimento de ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, tornando-os mais sujeitos a fraturas.
De acordo com o médico Rodrigo Jarenko Ziliotto, a osteoporose é uma doença silenciosa, isto é, raramente apresenta sintomas antes que aconteça sua consequência mais grave, que é uma fratura óssea. “O ideal é que sejam feitos exames preventivos, para que ela seja diagnosticada a tempo de se evitar as fraturas”, indica.
Os ossos recebem forte influência do estrogênio, um hormônio feminino, mas que também está presente nos homens, só que em menor quantidade. Este hormônio ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea. “Por este motivo, as mulheres são as mais atingidas pela doença, uma vez que, na menopausa, os níveis de estrogênio caem bruscamente. Com esta queda, os ossos passam a se descalcificar e se tornam mais frágeis”, explica, acrescentando que de acordo com estatísticas, a osteoporose afeta um homem para cada quatro mulheres.
Os números são impressionantes: 10 milhões de brasileiros sofrem de osteoporose, uma a cada quatro mulheres com mais de 50 anos desenvolve a doença, há o registro de ocorrência de 2,4 milhões de fraturas decorrentes da osteoporose e 200 mil pessoas morrem todos os anos no país em decorrência destas fraturas. “Mas mesmo após uma fratura osteoporótica, o diagnóstico de osteoporose acaba não sendo feito e o paciente não é encaminhado para tratamento”, alerta.
Os locais mais comuns atingidos pela osteoporose são a espinha (vértebras), a bacia (fêmur), o punho (rádio) e braço (úmero). Destas, a fratura mais perigosa é a do colo do fêmur. Um quarto dos pacientes que sofrem esta fratura morrem dentro de seis meses. “Muita dor nas costas e diminuição de estatura podem representar fraturas vertebrais da osteoporose. Preste atenção! ”, indica.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico precoce da osteoporose é feito pela medida da Densitometria Óssea. Têm maior risco de desenvolver osteoporose as mulheres, indivíduos de raça branca, pessoas miúdas (magrinhas e pequenas), que tiveram menopausa precoce e não fizeram reposição hormonal, fumantes, que possuem história de fraturas na família, que possuem doenças graves ou que utilizam corticoides por longo tempo, além daquelas que já tiveram fraturas na idade adulta.
Medir a densitometria óssea é um procedimento recomendado para todas as mulheres a partir de 65 anos e para homens com 70 anos ou mais. “Além disto, todas as mulheres em menopausa e todos os homens com mais de 50 anos que possuam um dos fatores de risco devem realizar o exame para confirmar a presença da osteoporose”, observa.
O risco de desenvolver a osteoporose pode ser reduzido com uma alimentação rica em cálcio, manutenção de uma atividade física e aporte adequado de vitamina D., “Entretanto, é importante salientar que, mesmo com todos estes cuidados, uma parte dos indivíduos vai ter osteoporose, pois a herança genética ainda não pode ser modificada. Mas a boa notícia é que existem tratamentos eficazes, caso você já tenha a doença”, finaliza.
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Dr. Rodrigo Jarenko Ziliotto
CRM: 19017
Médico