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Cardiopatias congênitas podem ser identificadas com ecocardiografia fetal

Postado em 21/jan/2019

Programar o nascimento em um hospital que possua serviço de cirurgia cardíaca neonatal é fundamental

 

A ecocardiográfica fetal é a parte da ultrassonografia que trata do diagnóstico das cardiopatias congênitas (defeitos no coração do feto). Nos possibilita detectar alterações anatômicas no coração do feto além de alterações funcionais e das arritmias. Sua importância se deve à alta incidência das cardiopatias congênitas, que gira em torno de 1 em cada 120 nascidos vivos, para defeitos considerados leves, e 1 em cada 240 nascidos vivos para defeitos considerados graves.

 

A chance de se ter um feto com cardiopatia é maior quando se tem antecedente familiar (irmão ou mãe) que possuem cardiopatia, porém 90% dos casos ocorrem sem que se tenha nenhum fator de risco, que vão desde o uso pela mãe de drogas lícitas (álcool ou medicamentos como lítio, isotretinoína, etc) ou ilícitas.

 

Algumas doenças maternas aumentam a incidência de cardiopatias fetais como o diabetes mellitus e o lúpus sistêmico entre outras. O início da investigação das cardiopatias deve ser feito já no primeiro trimestre da gestação, por volta da décima quarta semana, onde se buscam alguns sinais indicativos de má-formação. O restante da investigação será feita preferencialmente no segundo trimestre da gravidez, entre a vigésima e a vigésima sexta semana.

 

Várias cardiopatias podem ser diagnosticadas, como as comunicações interventriculares, os defeitos do septo átrio ventricular, a transposição das grandes artérias, o coração univentricular, o truncus arteriosus, drenagem venosa anômala, tetralogia de Fallot, arritmias (bloqueio AV total, Flutter atrial, extra sístoles atriais, etc.) e outras.

O diagnóstico das cardiopatias congênitas, sendo feito na via intrauterina, permite fazer um acompanhamento minucioso do problema com o propósito de se detectar um agravamento como acontece, por exemplo, nos casos de forame oval restritivo ou fechamento precoce do canal arterial, que são duas comunicações importantes na circulação sanguínea fetal para a manutenção da vida.

 

A ecocardiografia fetal tem como sua grande contribuição permitir programar o nascimento em um hospital que possua um serviço de cirurgia cardíaca neonatal, que é determinante para a sobrevivência dos recém-nascidos acometidos.

 

Vale destacar que o exame de ecocardiografia fetal é muito específico e altamente especializado. “O profissional que se propõe fazê-lo necessita de treinamento em centros reconhecidos por sua qualidade. Por exemplo, fiz o meu treinamento na Cetrus-SP, com a coordenação e supervisão das doutoras Marina Zamith e Juliana Novaes”, cita o médico Francisco Munhoz Del Claro.

 

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Dr. Francisco Munhoz Del Claro

CRM 6701

Ginecologia e Obstetrícia RQE: 1249

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